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O Taekwon-do chegou ao Brasil em julho de 1970, quando o General CHOI HONG HI enviou ao país o Instrutor Internacional Sr. Sang Min Cho, que na época possuía a graduação de 6º Dan. Foi ele quem introduziu a prática da arte marcial no estado de São Paulo.
Com a transferência da sede da ITF para o Canadá e a saída do General CHOI da Coreia, o governo coreano fundou, em 1973, uma nova organização para assumir o controle mundial do Taekwon-do. Essa entidade, utilizando sua influência política, impôs sua autoridade sobre os instrutores coreanos ao redor do mundo, o que acabou dificultando a consolidação da ITF no Brasil. Assim, os primeiros mestres coreanos que atuavam no país migraram para essa nova federação, que alterou a estrutura original do Taekwon-do e estabeleceu um estilo próprio.
Mesmo diante dessas mudanças, a ITF continuou crescendo em outros países através de seus instrutores, que mantinham o Taekwon-do fiel às suas origens, sem a interferência do governo coreano.
Somente em 1990 o Taekwon-do tradicional voltou a ganhar força no Brasil, impulsionado pela visita do General CHOI HONG HI. Ele veio ao país a convite do Sr. Raúl Hector Sanchez, que desde 1984 já desenvolvia um trabalho consistente com a ITF no Rio de Janeiro.
Durante essa visita, foi promovido o primeiro seminário internacional de Taekwon-do ITF no Brasil, realizado no Hotel Internacional do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do General CHOI HONG HI, 9º Dan, e do Sr. Pablo Trajtemberg, então 6º Dan, que exercia a função de secretário-geral da Federación de Taekwon-do de la República Argentina e também assessor técnico do Brasil.
Além do seminário, houve um exame para qualificação de instrutores e árbitros internacionais, conduzido pelo próprio General CHOI. Durante essa avaliação, o Sr. Raúl Hector Sanchez foi promovido a 5º Dan, enquanto os instrutores Djalma Santos, Tanei Campos e Severino Siqueira alcançaram a graduação de 4º Dan.
No dia 14 de agosto de 1990, os instrutores mencionados foram oficialmente reconhecidos como representantes da International Taekwon-do Federation no Brasil.
O falecimento do General CHOI HONG HI, ocorrido em 15 de junho de 2002, trouxe consigo uma divisão dentro da ITF. Disputas políticas e interesses econômicos levaram alguns membros da organização a se colocarem como possíveis sucessores, mesmo sem nunca terem sido cogitados anteriormente para essa posição.
Em meio a essa disputa, em junho de 2003, o instrutor Edimir Kawakubo identificou que a liderança legítima da ITF pertencia a CHOI JUNG HWA, filho do General CHOI. Dedicado a preservar a essência do Taekwon-do conforme os ensinamentos de seu pai, CHOI JUNG HWA manteve a fidelidade ao sistema original. Em busca de mais informações sobre essa sucessão, Kawakubo entrou em contato com o Mestre Néstor Galarraga, representante de CHOI JUNG HWA na América Latina, e viajou à Argentina para esse encontro.
A partir dessa aproximação, três meses depois, em 11 de setembro de 2003, o Brasil recebeu a visita oficial do Mestre CHOI JUNG HWA, que havia sido eleito presidente da ITF no congresso realizado em Rimini, em 2001. Esse acontecimento foi resultado de um convite feito pelo instrutor Edimir Kawakubo, que, na época, era IV Dan.
Durante essa visita, foram organizados diversos eventos, incluindo palestras sobre a situação da ITF no cenário mundial e aspectos legais da organização, além do 1º Curso Internacional de Atualização Técnica ITF no Brasil. O Mestre CHOI JUNG HWA foi acompanhado por um grupo de especialistas, incluindo o Mestre Néstor Galarraga, então 7º Dan e Diretor de Torneios e Arbitragem da ITF, o Sr. José Maidana, que à época era 6º Dan e Secretário-Geral da TAA, e o Sr. Christopher Howes, 4º Dan, assistente do Mestre CHOI.
Nesse evento, o Sr. Edimir Kawakubo foi designado representante oficial da ITF no Brasil e recebeu a responsabilidade pela organização de torneios e seletivas nacionais dentro da estrutura da ITF.
Fonte: Enciclopédia do Taekwon-do – Gen. Choi Hong Hi
Unir Defesa Pessoal Real e Filosofia Marcial é o objetivo do Taekwon-do Tradicional.
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